Quando nos apagamos,
é como um ausentar da alma...
a alma como a força vital,
que se ausenta e nos relega apenas o carnal.

Tantas feridas e violências,
tudo nos atinge de frente,
não é fácil conquistar uma sobrevida,
quando o que se sente na verdade, é o latejar da ferida.

Se apagar é como tentativa,
querer fugir se possível do que nos violenta.
Nem sempre há força para vencer,
à medida que há dores que nos encaminham cada dia ao morrer.

Neste momento em que nos encontramos,
é difícil saber o próximo passo à tomar.
Mas à cura está ainda no adágio:
Preferível morrer do que se deixar apagar.