Quantas personagens assumo
a vida me empurra para outros Eus.
Nunca pensei em viver de personas,
mas esta opção se dá quando o medo me afronta.
Outros personagens adentram meu corpo,
de forma a se desenvolverem como escudos.
Meus escudos frente às minhas fragilidades,
são estas personas que me blindam com intuito de me encaminhar a felicidade.
Mas tais máscaras acabam tendo efeito contrário,
à felicidade eu chego com num mundo artificial.
Quero muito viver de cara lavada,
e poder bancar a felicidade há muito por mim sonhada.
Vivo nesta perspectiva dúbia,
as personas ao mesmo tempo que defendem, escondem meu eu.
Quero para muito poder encontrar a felicidade,
e se for como ator, que seja representando minha verdade.