Nos recantos mais profundos,
na viagem pela minha alma me deparei.
Encontrei um ser acuado pelo exterior,
vivendo uma vida ferido e com dor.
Essa dor vai além de mal estar físico,
é uma dor sim, banhada pela melancolia.
A dor pelo "eu" que existia no passado,
e agora induzido pelo mundo, esse eu se mostra todo encarcerado.
A prisão do "eu" maltrata também a mente,
não permitindo o coração vibrar.
Queria muito "purificar" os sentimentos,
partindo da exclusão do egoísmo à reinar.
Deparo-me com meu "eu" lutando,
mas o exterior mundano se faz tão forte.
Sonho não perder a capacidade e ternura,
possuir o poder hoje de admirar a beleza,
à meu 'eu' será salvação muito mais que sorte.