A cada dia morro mais,
a cada dia me despeço um pouco do que sou...
Cada dia que passa diminui minha essência,
e assim a cada dia faço a soma do que restou.
O que sobrou de mim,
para poder novas jornadas encarar?
E assim poder aproveitar ainda,
o que sobrou e que ainda há força para lutar.
A morte aos poucos dilapida,
corroe minha alma de tudo que já fui...
Sou agora menos do que fui ontem,
sou agora do passado e futuro a ponte.
Sei porém que a morte caminha,
caminha ao meu lado de forma à me desgastar...
Despeço do que fui ontem na incógnita,
e indago-me se amanhã meu coração ainda irá dilatar...