Certos momentos na vida,
mostram-me como fantasma de meu eu...
Eu, o próprio fantasma assombrando,
sendo o medo de tudo que sigo buscando.
Eu como fantasma à tudo depreciar,
não botando fé em minha jornada...
O primeiro a desacreditar quando do amor,
sendo o fantasma que abre caminho à dor.
Momentos estes em que sou prisioneiro,
como fantasma me vejo preso no tempo...
Não há força externa que possa me desvencilhar,
é uma pulsão forte neste intenso penar.
Difícil entender como ao mesmo tempo,
eu sou a cura e também o terror...
Sou a liberdade que se eterniza no tempo,
ao modo que também sou a ferida em um desamor.