Estou mergulhado em minhas profundezas,
as mesmas que guardam a luz e escuridão...
Nas profundezas quase não tenho no que agarrar,
não sei até onde descerei ou quando irei parar.
Nas profundezas eu chego a conhecer,
são nas profundezas que o meu eu reside...
Quando me deparo comigo, eu me liberto,
nas profundezas não há ninguem, apenas o eu por perto.
Quanto mais eu desço o medo domina,
mas ao mesmo tempo a libertação se mostra...
Eis o momento em que tudo se torna claro,
pois são em minhas profundezas que o ruído cala.
Quando me perco em mim sou acompanhado
o silêncio me acompanha nas descidas profundas...
Lá no fundo não me vejo herói ou vilão,
mas nas profundezas eu apenas ouço meu coração.