A cada dia um pouco de mim morre,
morre o que fui e o que esperava...
Morre igualmente tudo o que é velho,
mas nem a morte por algo esperava.
A morte em mim não consegue,
ela não expurga a minha esperança...
O que eu era ontem vai embora,
mas permanece o desejo do futuro e mudança.
O passado constantemente se apaga,
mas não apaga de um futuro feliz a expectativa...
As dores e cicatrizes se desfazem com que morre,
mas permanece o Amor que recorre.
Esse sentimento que me sustenta,
a morte leva meu "eu" do passado mas reafirma...
Permanece o que eu desejo para o amanhã,
e no amanhã eu apenas a "musa" vejo.