Tento me enxergar como que de fora,
de longe podendo entender o meu eu...
Entrelaça-se tantas coisas aquém do essencial,
meu questionamento parte da certeza que sou mortal.
Essa é a certeza que me acompanha,
faz com que veja tudo como pela última vez...
Para que servem o luxo e a pompa na incerteza do amanhã?
a mortalidade me mostra o muito de minha insensatez.
Neste esforço de poder me entender,
retiro tantas coisas que não me fazem singular...
Tantas coisas que agreguei por conta da sociedade,
mas que não garantirão minha felicidade.
Quando me vejo, vejo alguém que diminuiu,
vejo alguém à que os sonhos foram influenciados...
Mas a certeza da mortalidade me traz de volta,
quero prosseguir e não ser mesmo em vida, uma pessoa já morta.