Encontro-me num lugar desconhecido,
olho as paredes do quarto onde nada é familiar...
Vejo-me nesta solidão onde tudo é silêncio,
e neste silêncio o único ruido vem do respirar.
Na respiração cadenciada sinto a distância,
distância de tudo e de quem amo...
Sinto a distância do coração à que admiro,
sinto e somente me resta o solitário suspiro.
Em uma cidade diferente onde nada é comum,
sou apenas mais um desconhecido...
Nesta sensação reavalio o quanto tudo faz sentido,
estou solitário se não fosse o coração que se faz amigo.
As paredes me encaram fazendo eu refletir,
o quanto sou feliz ou se conheço a felicidade...
As paredes deste quarto hoje são minhas testemunhas,
na solidão me deparo apenas com as silenciosas verdades.