Nas margens do rio em me atenho,
fico no silêncio vigilante às ondas...
As águas correm lentamente levando tanta coisa,
acalmando-me de tudo que me faz afoito.
No rio identifico a tranquilidade,
tudo ali é calmaria frente à este mundo veloz...
Ali na margem do rio me sinto outro alguém,
ignorando o passado atroz.
Minha vida é vista no curso deste rio,
na calmaria meus pensamento são conduzidos além...
É o lugar onde minh'alma tranquiliza,
quando o tempo para e eu fico imerso na neblina.
Nesta margem me sinto como que na eternidade,
meu coração ignora tudo que é mundano...
Aqui coloco à baila todos os meus sonhos,
nas águas eu me atenho ao amor e abandono o profano.