Tenho sorrido para a melancolia,
ela me dominou há muito tempo porém...
Hoje a melancolia já não me causa dor,
afinal de contas, já desacostumei do amor.
Melancólico me faço frente ao dia,
todas as vezes caminho desacreditado...
Não mais me surpreendo com o sangrar,
sangro todas as vezes que estou a respirar.
Mas meu sangue já não me causa espanto,
faço-me amigo da dor neste caminhar...
A melancolia assume papel de amiga,
amiga que houve todos os dias o meu pesar.
Dos males o pior, hoje ainda estou vivo,
sentindo na pele o efeito da desilusão....
Estendo minha mão à melancolia,
vivo com quem tenta me machucar através da ironia.