O mar profundo toca minh'alma,
faz de mim um eterno questionador...
Mas não alguém que questiona o mundo,
mas sim alguém que questiona o porquê da dor.
A mesma dor que caminha comigo,
que à meu lado faz eu avançar e retroceder...
Ouço o som das águas a bater nos rochedos,
e assim todos os dias eu sou dominado pelo medo.
O medo e a dor do amanhã,
o mesmo amanhã que parece tão insólito e vazio...
Caminhando junto ao mar me fixo no horizonte,
o longínquo que representa à mim o afronte.
O mar batendo nas rochas,
na mesma cadência com que tudo passa em mim...
A insatisfação niilista me faz esperar,
espero a cada dia qual a dor que irá me afagar.