Ao horizonte vejo silhuetas,
vejo contornos de pessoas sem faces...
Pessoas simplesmente caminhando sem direção,
eu às avisto mas não sinto a emoção.
São pessoas com rosto borrados que,
simplesmente seguem como que máquinas...
E eu aqui tão próximo quase que afetado,
como é difícil disto ser ignorado.
Tenho por muito da vida seguido essas pessoas,
tenho por muito tempo sido contaminado...
Mas ainda sinto a capacidade de identificar,
ainda sou capaz da beleza me enamorar.
Próximo às esses corpos similares à zumbis,
vivo essa linha tênue onde todos os dias sou tentado...
Enquanto for capaz de com a beleza me tocar,
ainda ficarei ileso à essas pessoas sem faces me transformar.