A inexistência de sentido
já não me causa estranheza...
O problema no entanto é o viver,
a vida em meio ao nada até o morrer.
O que assusta é o caminho,
caminhar simplesmente ao nada...
Estar plenamente ciente deste tudo,
mas sangrar todo dia neste sóbrio mundo.
Não mais esperar das falsas promessas,
simplesmente caminhar sentindo na pele...
Deparo-me com o frio que me toca,
sinto o frio que o meu nada invoca.
Não estranho a ausência do sentido,
apenas assumo a dor deste ínterim...
Não sei como proceder frente à nulidade,
dói o nada assim como doía a esperança pela felicidade.