Na certeza de que tudo passa,
inclusive a própria vida...
Nesta certeza meus olhos se apagam,
e entendo o quanto a descrença em mim foi assídua.
Mas hoje eu tenho a ciência,
entendo o quanto estou só...
As certezas se desfazem,
tudo passa e tudo vira pó.
Correndo por entre meus dedos,
não mais me iludo, me afasto da ilusão...
Saber da finitude me torna real,
nada mais à frente, nada especial.
Simplesmente o apagar das luzes,
e assim a vida em mim se consome...
Porque me iludir se eu sei que não?
ninguém tem dó de meu coração.