O dia se põe e eu aqui,
meu olhar se lança ao belo luar...
A mesma lua que guarda meus desejos,
a lua testemunha do amor que não vejo.
Testemunho do muito que imagino,
do amanhecer até o instante que apago...
O raiar do Sol me lança ao tédio e reconhecimento,
assim também sobre esta Lua eu sou maculado pelo sentimento.
Quantas vezes sobre essa mesma existência me pus a lutar?!
quantas vezes eu lutei mesmo sem perceber...
Hoje percebo que a derrota se faz denominador,
a derrota em minha vida como causa do dor.
Será que lá no horizonte alguém me percebe?
será que alguém é levado à me compreender?
Essas interrogações sangram como feridas,
o dia se põe em mais um tom melançólico de minha vida.