Na aspereza da vida,
deparo-me com o horizonte sombrio...
Nas sombras que chegam com as pessoas,
nas sombras como que num mar bravio.
Das noites que nunca terminam,
os dias se mantém como que no entardecer...
Aos poucos meu coração se aquieta,
como gritar se tudo caminha ao perecer?
Não sei como e se há possibilidade,
não sei como escapar deste ciclo voraz...
Eu sou o que aos poucos se desfaz,
eu sou a vida que melancolicamente olha para atrás.
Nestas dificuldades encontradas,
meus passos sangram como que eternos...
Queria tanto poder ir além e vislumbrar,
tanto poder me aquecer no Sol além deste gélido luar.